Qual o elemento principal, que faz o sucesso das organizações, a marca ou as pessoas? As pessoas têm um impacto significativo para o crescimento e sustentação das organizações e, conseqüentemente, uma contribuição muito forte para o sucesso e fortalecimento da marca que representam.
Adotando esta premissa como sendo consistente, encontramos, dentro deste cenário, pessoas que acabam exagerando na utilização da marca e passam a ser por demais prepotentes, intransigentes e “estrelas” em suas atividades, apoiando-se ou escondendo-se por trás da marca para não exercer, com a devida competência, o seu papel como profissional e, com isso, trazendo conseqüências em relação à qualidade dos processos que estão inseridos, bem como desconforto para os clientes internos ou externos.
Assim, acabam buscando benefícios próprios ou organizacionais, deixando de assumir com mais transparência as suas funções e usando a marca como sendo o grande obstáculo ou facilitador para a concretização de determinadas ações.
Em algumas situações usam de expressões que irritam qualquer ser humano bem intencionado: “Sinto muito, mas o sistema…”; “não podemos atender, pois estamos em fase de implantação…”; “infelizmente não poderemos atender o seu pedido, pois pela política…” “ele não está na sala, você pode deixar recado…” e, muitas vezes, não retornam as ligações ou os e-mails e não dão feedback aos fornecedores, candidatos, dentre outros.
O que muitos destes profissionais não percebem é que o “mundo dá voltas” e toda esta postura poderá ir por terra quando estiverem no mercado e sem a marca para que possam se apoiar.
Por um determinado tempo, poderão encontrar dificuldades para obterem uma nova marca e, desta forma, vem a necessidade de ter que recorrer ou buscar apoio àquelas pessoas que, um dia, ignoraram ou disseram não e, dependendo de como o não foi usado, terão que se reposicionar, fato que, em muitas situações, pode não ser fácil.
O ambiente organizacional está repleto de pessoas que acabam fazendo de tudo para se sustentar e crescer nas organizações. O preço pode ser alto e compete a cada um avaliar melhor o seu foco e o que realmente é necessário para traçar o caminho a ser percorrido e as ações que deverão ser tomadas.
É necessária uma melhor reflexão sobre determinados comportamentos e uma análise mais crítica sobre o real benefício que tais atitudes vêm agregando para a sua empregabilidade, pois tenho encontrado pessoas que são extremamente competentes com comportamento inadequado, o que acaba interferindo na carreira.
O momento atual clama por posturas mais responsáveis, ações mais profissionais, com afirmações positivas ou negativas (sim ou não) consistentes e embasadas, tornando, dessa maneira, a imagem do profissional mais respeitada e digna, dentro de um ambiente de consideração mútua.
A arte de insistir em se proteger atrás da marca poderá trazer sérias conseqüências para a carreira e atrapalhar o futuro profissional de qualquer pessoa que buscar agir desta forma.
Lembre-se que a marca mais importante é a sua, profissional com competência e habilidade que poderá vender os seus atributos para diferentes organizações, considerando o desenvolvimento de sua carreira.
A empregabilidade e o networking são de responsabilidade de cada um. A marca de cada organização fica e as pessoas que a representam passam. A construção de bons relacionamentos é a chave do crescimento e sucesso de cada profissional. Pare e reflita sobre as suas ações e se dê a oportunidade de perceber se você está representando bem o seu papel, enquanto profissional.
Deixe de lado as vaidades e o rótulo da marca da sua empresa e faça prevalecer a sua marca, alinhando as normas e procedimentos da organização dentro de um discurso saudável, transparente e profissional, para que todo e qualquer mal entendido possa ser evitado. Faça-se entender, marque o seu espaço e ocupe a galeria das pessoas que são vistas com respeito e profissionalismo. Seja você um representante fiel de sua própria marca. Ou fidelize a sua marca.