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Remuneração e Inflação

A inflação está de volta. Estamos sentindo a variação nos preços envolvendo os custos
das compras e manutenção da residência.

Segundo dados do IBGE o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registra alta
de 3,77% no acumulado do ano até junho e 8,35% nos últimos 12 meses.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de
juros da economia, a Selic, de 4,25% para 5,25% ao ano e existe expectativa que até o final do
ano a taxa poderá alcançar o patamar de 7% .

O cenário acima tem como base a inflação sobre os bens industriais, serviços e pressões
em componentes voláteis (energia e alimentos, como exemplo).
A inflação contribui para a percepção das pessoas em relação a perda do poder
aquisitivo e o olhar, em geral, volta-se para a receita (salário, como exemplo).

De janeiro a julho os reajustes de dissídio ficaram, em média, 6% acima do concedido
no mesmo período de 2020. Este percentual teve impacto diferente dentro do mercado de
trabalho tendo em vista os critérios adotados pelas empresas na aplicação dos reajustes.

Destaco também que o mercado salarial não está estático, pois além dos reajustes de dissídio
temos os reajustes de mérito e reflexos de turnover, contratações e promoções.
Períodos com inflação e com repasse mais robusto aos salários exige dos profissionais
de remuneração maior monitoramento dos efeitos da movimentação de mercado e os
eventuais impactos no processo de gestão (atração, motivação, retenção).

Pode até soar como um paradoxo considerando a quantidade de pessoas
desempregadas e desalentados, mas o mercado poderá reagir com olhar para funções críticas
e/ou estratégicas atuando de forma preventiva com ações que visem preservar os seus ativos
intelectuais.

No contexto acima estamos apontando os reflexos na remuneração fixa, mas
ressaltamos também a remuneração variável que poderá ser calibrada para atender os
desafios de negócio, gerar resultados sustentáveis e engajar pessoas no alcance e/ou
superação de metas.

Remuneração e inflação não é uma parceria amigável. O ambiente inflacionário traz
reflexos no comportamento das pessoas gerando incertezas e perda do poder de compra.
Para as empresas a inflação também gera impacto na gestão do negócio. Pressão nos
custos, envolvendo a cadeia de Supply Chain é um dos exemplos que, em geral, ocorrem.

E a remuneração, quais são os desafios?
Fortalecer o benchmark e gerar base de informações consistente para suportar as
decisões nas ferramentas e políticas de remuneração são fundamentais.
A busca por soluções eficazes e competitivas vai depender da estratégia do negócio e o
grau de investimento em políticas e práticas que possam orientar ações preventivas e manter
a sustentabilidade financeira das operações.

Procure ser proativo. Atue antes dos problemas surgirem, pois buscar soluções em
momentos de turbulência, pode gerar decisões não harmonizadas e gerar desconfortos e
insegurança no processo de gestão.

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